Nem só de hit nacional vive o rap BR. Alguns sons atravessaram fronteiras e surpreenderam até gringo. Lembra desses?
Por Rap Growing | 19 de junho de 2025
1. “Na Responsa” – Costa a Costa (2007)
O clássico do grupo de Brasília ganhou clipe no estilo gangsta americano e rodou vários fóruns de rap underground gringo na época. Foi sampleado até por um DJ da França em 2008.
2. “Não Existe Amor em SP” – Criolo (2011)
O hino triste e poético foi parar em playlists de lo-fi e alternativo gringo. Muita gente de fora usou em vídeos no Vimeo e Tumblr durante a década. Chegou a ser performada por bandas europeias.
3. “Mandume” – Emicida, Drik Barbosa, Rico Dalasam, Rael, Tássia Reis e Amiri (2015)
Essa cypher virou estudo acadêmico sobre afrofuturismo na França e foi exibida em debates de hip hop em Moçambique. Em 2022, Emicida comentou que o clipe bateu forte em Angola.
4. “Rap Lord” – Haikaiss (2016)
Com flow acelerado e beat universal, a música viralizou em vídeos de compilado de freestyles no TikTok americano em 2020. Até hoje aparece como trilha de gameplay em canais estrangeiros.
5. “Poetisas no Topo” – Karol de Souza, Drik Barbosa, Tatiana Bispo e mais (2016)
Esse som chegou a ser incluído em uma mostra feminista de hip hop em Berlim. Além disso, legendas da track circulam no Reddit e Twitter gringo com traduções de fãs.
Mais do que som, é ponte cultural
Esses sons mostram que o rap brasileiro tem força pra atravessar idiomas, fronteiras e plataformas. Às vezes, quem tá fora vê a potência antes de quem tá dentro.
E aí, qual outra música brasileira você acha que furou a bolha? Comenta com a gente.
Com destaque no Spotify e no TikTok, MCs de Belém, Salvador, Recife e Fortaleza estão ganhando espaço na cena nacional sem abrir mão da identidade local.
Por Rap Growing | 25 de junho de 2025
Furando a bolha com sotaque e resistência
O rap do Norte e Nordeste vem quebrando barreiras. Artistas como Vulgo FK (Salvador), Layra (Belém), Big Bllakk (Recife) e DJ Thai (Fortaleza) mostram que é possível rimar alto com sotaque, tambor e temáticas sociais locais.
A internet tem sido aliada: TikTok, Reels e canais independentes permitem que sons como “Favela Nordestina” e “Som de Quebrada de Lá” viralizem entre o público jovem.
Mais do que hype: representação cultural
O que diferencia essa nova leva é a autenticidade. Os beats misturam forró, brega-funk, tambor de mina e trap. As letras tratam de temas como racismo, desigualdade, periferia, religião de matriz africana e resistência cultural.
“Não é sobre copiar o eixo Rio-SP. É sobre fazer o nosso som e mostrar que o rap também mora aqui”, disse Big Bllakk em entrevista recente.
Festivais e visibilidade crescente
O Festival Afropunk Salvador, o Rec’n’Play em Recife e o Tambor de Fogo em Belém são três dos principais palcos que têm impulsionado os artistas regionais.
Em 2025, alguns desses nomes já estão sendo cotados para festivais nacionais como Lollapalooza, Coala Festival e Favela Sounds.
O futuro está no mapa inteiro
O crescimento do rap no Norte e Nordeste mostra que a cultura hip hop não é mais restrita a centros hegemônicos. O mapa do rap brasileiro está mais diverso, mais colorido e mais potente.
O que era visto como “som alternativo” agora é headline de festival e trilha de novela. O próximo hit pode sair de um estúdio caseiro em São Luís, Aracaju ou Macapá.
Fontes: Portal KondZilla, Genius Brasil, entrevistas em podcasts, redes sociais de artistas e coletivos regionais. Compilação: Rap Growing.
Cantor foi denunciado publicamente por sua ex-mulher, que relatou casos de violência física e psicológica. Repercussão abala a cena do funk.
Por Rap Growing | Atualizado em 24 de junho de 2025
Denúncia veio a público pelas redes sociais
A ex-companheira de MC Estudante publicou, através de suas redes sociais, relatos detalhados de agressões que teria sofrido durante o relacionamento. Segundo ela, as violências incluíam tapas, empurrões, ameaças e manipulação psicológica.
Os depoimentos vieram acompanhados de prints de conversas, fotos com hematomas e vídeos antigos como suposta prova. O caso rapidamente ganhou visibilidade nas páginas de notícias e perfis do mundo do funk e do rap.
Silêncio do acusado
Até o fechamento desta matéria, MC Estudante ainda não havia se manifestado publicamente sobre as denúncias. O perfil do artista segue ativo, mas sem publicações recentes relacionadas ao caso.
Seguidores seguem cobrando posicionamento por parte do cantor. Páginas de funk também estão monitorando a evolução do caso e pressionando por respostas.
Repercussão na cena
Diversos artistas da cena do funk e do rap se manifestaram em apoio à vítima. Hashtags como #JustiçaPorEla e #ForaEstudante ficaram entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter) durante a noite do dia 23 de junho.
Páginas de notícias e produtores também destacaram a importância de debater a violência doméstica dentro da cultura, ressaltando que fama e visibilidade não devem servir de escudo para agressores.
Investigacão e medidas legais
Até o momento, não há confirmação oficial de boletim de ocorrência registrado. A expectativa é que o caso seja encaminhado à Delegacia da Mulher. Grupos de apoio às vítimas de violência doméstica se colocaram à disposição da denunciante.
A equipe da Rap Growing segue acompanhando o caso para atualizações.
Fonte: Relatos públicos nas redes sociais, prints e pronunciamentos indiretos. Compilação e edição: Rap Growing.
Elas rimam, produzem, performam e enfrentam o preconceito de frente. Conheça quem está fortalecendo a cena com talento e consciência.
Por Under Sesh em parceria com Rap Growing
RAP DI MINA
Por muito tempo, o rap foi território majoritariamente masculino — tanto nos palcos quanto nos bastidores. Mas essa realidade está mudando. Cada vez mais mulheres vêm ocupando seus espaços na cena do hip hop, não só rimando com peso, mas também produzindo beats, dirigindo clipes, organizando eventos e liderando movimentos.
A presença feminina no rap nunca foi ausência de talento — foi silenciada por estruturas machistas. Hoje, no entanto, nomes como Tasha & Tracie, Ebony, Lourena, Bivolt, Drik Barbosa, Azzy, Alt Niss, MC Soffia, Negra Li e MC Luanna, AJulia Costa mostram que o microfone é delas também. E mais: muitas delas levam em suas letras reflexões sobre racismo, feminismo, periferia, liberdade sexual, espiritualidade e autoestima.
Estilo, identidade e representatividade
O visual dessas artistas também é uma extensão de suas mensagens. Tasha & Tracie, com seu projeto Expensive Shit, misturam moda, música e discurso antirracista, resgatando a estética preta periférica com orgulho. Drik Barbosa, por sua vez, é conhecida por performances intensas e letras que celebram a força da mulher preta.
Das batalhas às plataformas digitais
Muitas dessas artistas começaram em batalhas de rima nas quebradas, enfrentando o machismo cara a cara. Outras cresceram nas redes sociais, viralizando com clipes independentes e projetos autorais. Seja no underground ou no mainstream, o recado é o mesmo: as minas têm voz, e não vão mais aceitar ser colocadas como coadjuvantes.
Precisamos falar: resistência, cura e revolução
O rap feminino também propõe uma nova visão para o futuro do hip hop: uma cena mais acolhedora, onde a cura e o afeto não são sinais de fraqueza, mas de potência. Muitas dessas artistas trazem mensagens espirituais, de reconexão com as raízes ancestrais, com o corpo e com o feminino.
Conclusão
O rap feito por mulheres não é nicho — é revolução. E quem ainda não está ouvindo, está atrasado. Elas estão nas ruas, nas playlists, nos palcos e nas premiações. Estão reescrevendo a história do hip hop com garra, estilo e verdade.