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Música

As batalhas de rap ainda são a porta de entrada para novos MCs?

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Publicado por Rap Growing | 03 de agosto de 2025

As batalhas de rap sempre foram vistas como um dos caminhos mais autênticos para novos MCs se destacarem no cenário do hip hop. Dos becos de São Paulo aos palcos de grandes eventos, o freestyle já revelou nomes que hoje são referência nacional. Mas, em 2025, com a força das redes sociais, plataformas de streaming e novas formas de ascensão no rap, será que as batalhas ainda mantêm essa função de “porta de entrada”?

O papel histórico das batalhas

Desde os anos 2000, batalhas como a Batalha do Real (RJ), Batalha da Santa Cruz (SP) e tantas outras espalhadas pelo país, foram espaços de resistência, troca de ideias e vitrine para talentos que, sem elas, dificilmente seriam ouvidos. MCs como Emicida, Rashid, Projota, Djonga e Filipe Ret começaram justamente nessas rodas, onde a rima improvisada era o passaporte para ganhar respeito e abrir portas dentro do rap.

A ascensão do digital e novas possibilidades

Com o boom das redes sociais, a dinâmica mudou. Hoje, um MC pode gravar um vídeo de freestyle no quarto, postar no TikTok ou Instagram e alcançar milhões de visualizações em poucas horas. Essa mudança reduziu a dependência exclusiva das batalhas presenciais, permitindo que artistas construam uma base de fãs antes mesmo de pisar em um palco.

Por que as batalhas ainda são importantes

Apesar da revolução digital, as batalhas de rap continuam tendo um peso cultural e artístico enorme. Elas não são apenas uma vitrine para novos talentos, mas também um espaço de aprendizado. É nelas que muitos MCs desenvolvem dicção, velocidade de raciocínio, técnicas de rima, postura de palco e, principalmente, a vivência de rua que o rap carrega em sua essência.

Além disso, a energia das batalhas, a resposta do público e a troca entre MCs são experiências únicas, impossíveis de reproduzir apenas na internet. Muitas vezes, é ali que um artista ganha a confiança e a visibilidade necessárias para dar o próximo passo.

O futuro das batalhas como vitrine

A tendência é que as batalhas continuem sendo uma porta de entrada, mas agora dividindo espaço com as plataformas digitais. A fusão entre rua e internet se tornou a nova realidade do rap nacional. MCs podem surgir do freestyle online, mas a consagração, o respeito da cena e o peso de um nome reconhecido ainda passam, em muitos casos, pelo calor das batalhas.

“As batalhas são a essência do rap. A internet pode impulsionar, mas a rua é onde a história começa.” – MC veterano da Batalha da Aldeia.

Conclusão

As batalhas de rap não perderam sua importância, mas se adaptaram ao novo jogo. Hoje, elas são menos a “única porta de entrada” e mais um dos caminhos para quem quer ser MC. A verdade é que, para muitos artistas, a soma de presença nas batalhas e estratégia digital é a chave para conquistar espaço e respeito no rap brasileiro.

Música

Kayode e 808 Luke lançam “HELENA”: um diálogo entre rap, memórias e dinheiro

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Com nove faixas, o projeto reflete a relação do artista com o dinheiro, o aprendizado herdado da avó Helena e o desafio de se manter sustentável dentro da indústria musical.

O conceito do EP

No EP “HELENA”, Kayode propõe um mergulho em suas memórias pessoais e familiares para discutir sua relação com o dinheiro e como sobreviver na engrenagem da indústria musical. O trabalho, feito em parceria com o produtor 808 Luke, reúne nove faixas — oito delas inéditas — e estreia nas plataformas digitais nesta sexta-feira (26/9).

A inspiração veio da avó do artista, dona Helena, que sempre o incentivou a transformar sua paixão em sustento. A partir dessas lembranças, o rapper constrói uma narrativa que mistura lirismo, crítica social e maturidade pessoal.

“Já tem um tempo que venho pensando sobre educação financeira e por muito tempo minha avó dizia que toda essa minha cantoria, todas essas rimas, essas ideias que eu sempre gostei desde pivete, não valeriam de nada se isso não me trouxesse dinheiro, saca?”— Kayode

“Durante uma cota achei que minha avó não gostava de rap. E não, o que ela tava falando era real. Por mais idealista que eu seja, a realidade não é essa, tá ligado? A realidade é um capitalismo brutal e a gente precisa sobreviver dentro disso. Então eu trago essa reflexão para dentro do EP, onde eu narro essa epifania de entender que ela sempre esteve certa e pensar tudo o que ela precisou passar para ter essa visão.”— Kayode

Construção sonora

Musicalmente, Kayode e 808 Luke buscaram referências que dialogassem com a América Latina, incorporando refrões repetitivos que soam como mantras. O projeto traz texturas brasileiras, passando por influências do samba nas baterias, o uso de instrumentos orgânicos como o saxofone e diferentes cadências em cada flow. O resultado é um EP que reafirma a versatilidade do rapper e a qualidade artística do underground.

“De tempos em tempos o debate de que ‘precisa-se dar atenção para o underground’ volta na cena mainstream. E a verdade é que continuamos aqui, fazendo o nosso e trazendo entregas artísticas de alta qualidade.”— Kayode

Participações e colaborações

O projeto ainda conta com participações de artistas como Victor Xamã, Minixtra, GVS, Furia, DJ MichaCNR, Lucas Bin e Nuria. As colaborações surgiram de forma natural, fruto da afinidade entre os artistas.

“São artistas que admiro e que temos uma afinidade muito grande de trabalho, então tudo fluiu da melhor forma possível.”— Kayode

Um ano de grandes movimentos

2025 tem sido um ano intenso para Kayode. Em maio, o artista lançou “Nuvens & Ovelhas Negras (NON)”, junto a Iky Castilho, trazendo uma mensagem de resistência e acolhimento sonoro para quem, muitas vezes, se sente excluído. Agora, com “HELENA”, ele mostra outra faceta de sua arte, explorando temas diferentes e ampliando seu alcance criativo.

“O interessante é que ‘NON’ e ‘HELENA’ são projetos com temas completamente distintos, justamente para mostrar que podemos falar sobre diversos assuntos na nossa arte.”— Kayode

Visual e impacto

Antes mesmo do lançamento do EP, Kayode apresentou o clipe da faixa Fé nas Crianças, dirigido por ele próprio. O audiovisual reúne cenas cotidianas de seu bairro e reforça a identidade do artista, mostrando que seu trabalho vai além do estúdio e mantém vínculo direto com sua comunidade. O videoclipe já está disponível em seu canal no YouTube.

Confira também: https://rapgrowing.com/pedro-qualy-lanca-papo-de-progresso-sua-primeira-faixa-100-solo/

Categoria: Lançamentos • Tags: Kayode, 808 Luke, HELENA, rap nacional, underground, música independente

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6 artistas internacionais que conhecemos através da Groover — e você precisa ouvir agora

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Rap Growing x Groover: curadoria direta do underground global para o seu fone

A Groover conecta artistas independentes do mundo todo com curadores e veículos como a Rap Growing. A cada rodada de envios, ouvimos, analisamos e destacamos quem está entregando identidade, técnica e visão de carreira. Abaixo estão seis faixas que passaram pelo nosso crivo — com os pontos fortes e os próximos passos de cada artista.

LOFTY — “Cloud 9”

O som: UK Drill de manual: 808s deslizantes, hi-hats cortantes e atmosfera sombria. Flow seguro, entrega direta e mix equilibrada entre voz e instrumental.
Por que entrou: o gênero está em alta globalmente e Lofty compreende a cadência e o “bounce” do drill.
Próximo passo: em um cenário muito saturado, é hora de lapidar a persona e a presença digital — hooks mais marcantes, variação de flow em momentos-chave e conteúdo forte nas redes para fixar a assinatura artística.

PAGS — “Generational Flex”

O som: trap consistente; apesar da referência citada ao J. Cole, o timbre e a entrega lembram mais a escola “old” do French Montana.
Por que entrou: profissionalismo. O Spotify do artista funciona como um verdadeiro marketplace, integrando música e merchandise — visão de carreira.
Próximo passo: seguir lançando singles com storytelling mais afiado e buscar texturas de beat e flows que diferenciem a estética no mar de lançamentos.

HZPROD — “War Within (Radio Edit)”

O som: dark trap enxuto (1:38), 808s que batem sem engolir a voz e um refrão no padrão “nível alto”. Storytelling de quem “sangra pelas rimas”.
Por que entrou: timing perfeito para streaming e rádio. A decisão de lançar uma Radio Edit mostra inteligência de mercado (playlists, rádio e até sync).
Próximo passo: manter a fórmula: duração cirúrgica + hook forte + narrativa objetiva, ampliando a estratégia de distribuição visual e social.

DUHON — “Money Is The Motive”

O som: boom bap bem alinhado, com flow corrido e um refrão que entra na hora certa. Punchlines e trocadilhos (tipo o “Back 2 Back” de Shaq e Kobe) dão carisma ao texto.
Por que entrou: execução sólida no microfone e construção clássica que agrada quem curte rap de mensagem.
Próximo passo: no mercado atual dominado por vertentes do trap, a divulgação precisa ser constante: redes ativas, conexão com o público além da música e narrativa autoral.

KICK 5000 — “Spray”

O som: trap certeiro, com flow e timbre combinando com a base; subgrave bem conduzido e estruturas que mantêm a audição presa.
Por que entrou: trabalho inteligente fora do estúdio: redes sólidas e estratégia consistente (mesmo tendo faltado cadastrar esses links diretos na Groover — tivemos que buscar externamente).
Próximo passo: alinhar brand e distribuição em todos os canais (incluindo o perfil da Groover) e explorar feats e subestéticas do trap para ampliar alcance.

AKAKALMA — “La Vuelta”

O som: boom bap raiz, rimas líricas e bem colocadas. Clipe de cenário único com muita tenacidade — prova de que, com visão, dá para entregar autenticidade sem perder força.
Por que entrou: fidelidade à estética e à mensagem; performance segura e identitária.
Próximo passo: evitar destacar números pequenos nas descrições (ex.: “39k views em Reels”, “+400 seguidores”). Isso pode limitar a percepção de valor no mercado. Foque no produto artístico e na narrativa.

A parceria Rap Growing x Groover segue mapeando vozes que valem sua atenção — com feedbacks honestos, olhar técnico e foco em carreira. Quer aparecer por aqui? Aperta o play, capricha no envio e conta sua história.

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Sean “Diddy” Combs cria curso de negócios dentro da prisão para ensinar colegas de cela

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O rapper e empresário, atualmente detido em Nova York, lançou o curso “Free Game with Diddy” para compartilhar conhecimentos de gestão, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal com outros presos.

De magnata da música a mentor na prisão

Sean “Diddy” Combs, ex-magnata do hip hop e empresário que já esteve próximo de atingir a marca de 1 bilhão de dólares em patrimônio, mudou de papel atrás das grades. Preso no Metropolitan Detention Center (MDC), em Brooklyn, o artista de 55 anos decidiu compartilhar sua experiência e lançou um curso educativo de negócios para outros detentos. O projeto, batizado de “Free Game with Diddy”, teve duração de seis semanas.

Como funciona o “Free Game with Diddy”

Segundo seus advogados, Diddy escreveu um plano de aula de 15 páginas que serviu de base para o curso, estruturado para ensinar gestão empresarial, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal. As aulas foram oferecidas a todos os presos do dormitório em que ele se encontra — o mesmo que já abrigou nomes como o ex-“rei das criptos” Sam Bankman-Fried.

Para ampliar o alcance, o curso contou até com um intérprete de espanhol, garantindo que todos pudessem participar. Os advogados ressaltaram que, como não existem outros programas educacionais disponíveis no MDC, o impacto da iniciativa foi “substancial” para os colegas de cela.

Falas em destaque

“O Sr. Combs elaborou um plano de aula de 15 páginas para o curso, que é um programa educacional desenhado para capacitar os participantes com habilidades essenciais em gestão de negócios, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal.”— Advogados de Sean Combs

“Porque não existem outros cursos educacionais oferecidos no MDC, o ‘Free Game with Diddy’ teve um impacto substancial em muitos colegas de prisão.”— Advogados de Sean Combs

Repercussão e apelo judicial

O lançamento do curso foi citado em documentos apresentados por sua defesa em um pedido de leniência antes da sentença, após Diddy ter sido condenado em julgamento federal em Manhattan por acusações relacionadas à prostituição. A iniciativa foi descrita como prova do compromisso do artista em contribuir positivamente, mesmo dentro da prisão.

Um porta-voz do Bureau of Prisons, responsável pelo MDC, preferiu não comentar o caso.

Categoria: Mundo & Cultura • Tags: Sean Combs, Diddy, Free Game with Diddy, prisão, curso de negócios, hip hop

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