Data: 2 de setembro de 2025 • Local: Cloudbreak, Fiji
O Brasil segue soberano nas ondas. Yago Dora carimbou seu primeiro título mundial na WSL ao vencer a final em Cloudbreak contra Griffin Colapinto por 15,66 a 12,33, coroando uma temporada de alto nível em que entrou nas Finais como nº 1 do ranking depois de duas vitórias no ano. No formato Final Five, o líder precisa de uma vitória na Title Match — e Yago foi letal.
Quem caiu pelo caminho e o caminho até o topo
Yago enfrentou Colapinto na decisão; antes da final, o americano eliminou Ítalo Ferreira e Jordy Smith nos confrontos do bracket. A vitória brasileira veio com frieza nas escolhas de onda e execution de manobras com risco alto, selada pela maior nota da bateria (8,33).
Quantas etapas Yago ganhou em 2025
Foram duas vitórias na temporada regular, determinantes para chegar às Finais como cabeça de chave: Portugal (Peniche) e Trestles (Califórnia).
Bolada de premiação
Somando o ano todo, Yago faturou cerca de US$ 560 mil em prêmios (mais de R$ 3 milhões), sendo US$ 200 mil apenas pelo título mundial nas Finais de Fiji.
As aspas do campeão
“Meu pai foi o meu mentor no surfe desde o início… dedico isso a ele também.”
“Estou muito feliz de colocar o meu nome nessa galeria… um ano inteiro de trabalho definido nos últimos 35 minutos.”
“Dedico esse título a todos os fãs… a gente sente essa energia e se alimenta disso.”
Style que pesa no legado
Cloudbreak é um reef break de esquerda que cobra leitura fina, transição rápida de borda e coragem em seção pesada. Yago traduziu tudo isso em linha limpa + potência + progressivo — blend raro que os jurados valorizam quando há commitment e risco. O 8,33 saiu nessa cartilha: drive no trilho, timing de manobra e controle pós-rasgada, com visão madura de prioridade.
Por que isso importa pro Brasil
Hegemonia mantida: desde 2014, o Brasil domina o título masculino da WSL (exceções: John John Florence em 2016, 2017 e 2024). Yago amplia a era brasileira.
Quinto campeão do país: entra na linhagem de Medina, Mineirinho, Ítalo e Filipe Toledo, empilhando mais história na prateleira.
Temporada de afirmação: líder do ranking, duas vitórias-chave (Peniche e Trestles) e título nas Finais — roteiro de campeão.
Crédito das informações e resultados: Reuters, ge.globo, Terra, AS, Surfer/Stab/Wiki (eventos), WSL.
23 de novembro de 2019, Estádio Monumental, Lima. Primeira final de Libertadores em jogo único. De um lado, o River Plate copeiro de Marcelo Gallardo, campeão no ano anterior. Do outro, o Flamengo de Jorge Jesus, máquina no Brasileirão, tentando encerrar um jejum continental de 38 anos. O roteiro parecia decidido aos 14′ — e foi rasgado aos 43′ e 46′ do segundo tempo.
Contexto: a final que mudou de sede e de lógica
Originalmente marcada para Santiago, a decisão foi transferida para Lima por questões de segurança no Chile. A Conmebol estreava o formato de jogo único, elevando a tensão de cada detalhe. River chegou carregando a aura de time de mata-mata. O Flamengo, em estado de graça, buscava transformar encantamento em taça.
Os times e as ideias
Flamengo (Jorge Jesus): bloco alto, saída curta com laterais-cérebro (Rafinha/Filipe Luís), dupla Arão + Gerson para construir por dentro e tridente criativo Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique municiando Gabigol.
River Plate (Marcelo Gallardo): pressão coordenada no meio para cortar linhas de passe, Enzo Pérez como guarda-costas de tudo, amplitude pelos lados e agressividade no pós-perda. A ideia era desafinar o toque do Flamengo e acelerar a transição.
Cronologia de um drama
14′ 1ºT — 0x1 River: após recuperação no meio, bola rápida encontra Rafael Borré dentro da área. Finalização seca. Jogo fica na mão argentina: ritmo cortado, faltas táticas, relógio como aliado.
Intervalo: Flamengo volta com mais volume, empurra o River para perto da própria área. Diego entra na etapa final e dá tempo à posse rubro-negra (giros, inversões, paciência).
43′ 2ºT — 1×1: troca rápida pela direita, infiltração de Arrascaeta e o toque de Gabigol na pequena área. Lima explode. O favorito volta à mesa.
46′ 2ºT — 2×1: lançamento longo, erro na saída argentina, Gabigol domina e fuzila. Virada em três minutos. Catarse. Nos acréscimos, o 9 é expulso, mas já está escrito.
Leitura tática (por que virou?)
Resiliência psicológica: o Flamengo não se desorganizou com o 0–1. Manteve a bola e aumentou o cerco por fora, atraindo o River para dentro.
Meio-campo em camadas: com Diego, o time passou a respirar entre linhas, encontrando Everton e Arrascaeta por dentro e liberando Bruno Henrique para atacar profundidade.
River cansou de defender bem: a excelência de Gallardo é pressionar e transitar; ao recuar cedo demais, perdeu a válvula de escape e cedeu o erro fatal no fim.
Consequências imediatas
Dobradinha histórica: no dia seguinte, com tropeço do adversário direto, o Flamengo confirmou também o Brasileirão. América + Brasil no mesmo fim de semana.
Gabigol em bronze: dois gols em final única eternizam o 9 no panteão rubro-negro.
Gallardo segue gigante: perde a taça, mantém a lenda de time competitivo em qualquer cenário.
Legado cultural
“Lima 2019” virou sinônimo de virada impossível. Os 180 segundos finais são repetidos como mantra em arquibancada, barbearia e grupo de família. Para o torcedor, é o capítulo que conecta 1981 a uma geração inteira que só ouvira falar de Zico e cia. Para a Libertadores, foi a prova de conceito do jogo único: espetáculo, tensão e narrativa global.
Final únicaVirada históricaJorge JesusMarcelo GallardoGabigol
Nos anos 80 e 90, enquanto o rap deixava de ser underground para ocupar rádio, TV e passarelas, um nome de impacto equivalente dominava o boxe e atravessava a cultura: Mike Tyson. Filho do Brooklyn, lapidado por Cus D’Amato, Tyson virou o campeão dos pesados mais jovem da história aos 20 anos — e se transformou em símbolo de ascensão, poder e vulnerabilidade.
Ascensão relâmpago
Entre 1985 e 1988, Tyson emendou 37 vitórias (33 por nocaute). A estética era minimalista e agressiva: cabeça baixa na entrada, sem música, calção preto, botas sem meia. O show era o soco.
Quando o ringue vira rua
Barbearias paravam nas noites de luta; Punch-Out!! virou febre; camisetas, correntes grossas e tatuagens ecoavam seu visual. Tyson também virou referência lírica: citado por Tupac, Nas, LL Cool J e, décadas depois, por artistas do trap e do drill.
Queda, reinvenção e espelho da periferia
O auge cedeu espaço a prisões, derrotas e excesso. Mas o mito permaneceu. Nos anos 2000, Tyson se reinventou como empresário, ator e catalisador de conversas sobre saúde mental e escolhas. Para as quebradas, sua história sintetiza ambição, risco e recomeço.
Legado
Mais do que cinturões, Tyson entregou um arquétipo: a força bruta que vira linguagem estética, moda e música. Um lembrete de que a grandeza é tão sobre vitórias quanto sobre como se volta das quedas.
Skatista anuncia leilão do shape original utilizado no lendário X Games de 1999. Expectativa é de que peça alcance até 700 mil dólares.
O ícone do skate mundial Tony Hawk anunciou que vai leiloar o skate original que usou para realizar, pela primeira vez na história em competição, a manobra 900 — dois giros e meio no ar — durante os X Games de 1999. O feito é um dos momentos mais emblemáticos da cultura skate, e até hoje é lembrado como um divisor de águas para o esporte.
Leilão histórico
O shape da marca Birdhouse, modelo “Falcon 2”, com trucks Fury e rodas originais, faz parte da coleção The 900 Collection, que será leiloada no dia 23 de setembro de 2025, em Los Angeles, pela Julien’s Auctions. A expectativa é que o deck alcance um valor entre US$ 500.000 e US$ 700.000.
Além do shape, o leilão também incluirá outros itens usados por Hawk no evento: capacete, tênis, joelheiras, rodas sobressalentes, camiseta e até a credencial oficial dos X Games.
“Foi o melhor dia da minha vida. O 900 foi uma obsessão por anos, e aquele momento me deu paz. Guardei tudo daquele dia como relíquia. Agora, chegou a hora de isso inspirar outros.” — Tony Hawk
Destino nobre: pistas de skate para comunidades
Parte da renda arrecadada será destinada à The Skatepark Project, antiga Tony Hawk Foundation, que desde 2002 constrói pistas de skate em regiões carentes dos Estados Unidos e já investiu mais de US$ 13 milhões em infraestrutura urbana e inclusão social.
“O skate mudou minha vida. E eu quero garantir que outras crianças também tenham essa chance”, afirmou Hawk.
O impacto do 900
A manobra de 900 graus executada por Hawk nos X Games de 1999 foi muito mais do que técnica — foi um marco cultural. Ao acertar o giro completo após 10 tentativas, Hawk não apenas fez história, como também ajudou a popularizar o skate no mainstream. Dias depois, ele já era capa de revistas, presença constante na TV e protagonista da franquia de games Tony Hawk’s Pro Skater, que se tornaria um fenômeno global.
Skate como arte, relíquia como símbolo
O leilão transforma o skate de 1999 em uma obra de arte colecionável. Especialistas consideram essa prancha uma das relíquias esportivas mais valiosas da cultura urbana mundial.
Em um momento em que o skate faz parte oficialmente dos Jogos Olímpicos e ganha ainda mais espaço nas periferias, essa ação de Hawk ajuda a conectar as origens do corre com o futuro da cena.
Resumo
O que será leiloado: Skate usado por Tony Hawk no primeiro 900 da história
Data: 23 de setembro de 2025
Local: Julien’s Auctions, Los Angeles
Valor estimado: US$ 500.000 a US$ 700.000
Parte da renda: The Skatepark Project
Se o skate é cultura, esse shape é patrimônio histórico.
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