Orochi lança seu quarto álbum no Dia dos Namorados e mistura trap, sentimento e decepção com convidados de peso.
Fizemos uma análise após escutar as 13 faixas e abaixo está o resumo de cada uma delas para você ter como guia:
1. 7 Chaves
Servindo como uma introdução firme, “7 Chaves” abre o álbum com bate forte no beat e mensagem de intimidade emocional. Orochi deixa claro que está trancando seu coração, avisando que o conteúdo que vem a seguir é carregado e pessoal.
2. Van Cleef (feat. Filipe Ret)
Um dos destaques já divulgados, com o parceiro Filipe Ret no beat. Reúne ostentação, amor e mistura de estilos com fluidez. A parceria traz maturidade e presença, com destaque para versos marcantes e melodia refinada.
3. Dejavu
Com um beat que remete a memórias repetidas, Orochi aprofunda na sensação de déjà-vu amoroso. Letras que falam sobre viver histórias parecidas, sinais ignorados e repetir erros. Tem pegada emocional e trap dark, mostrando versatilidade no repertório.
4. Cê Deve Tá Linda
Uma love song com sentimento real: uma mensagem direta pra ex ou crush, ponderando se ela estaria bem e feliz sem ele naquele dia “odiado”. Corações feridos e empatia no mesmo flow.
5. Intenção
Faixa mais introspectiva do álbum, com linhas que questionam motivações e promessas. Orochi reflete se as intenções eram verdadeiras ou só papo de “um dia bom”. Lirismo cru com beat melancólico complementando a vibe.
6. Corpo Flutuar
Com produção leve, a faixa imagética traz sentimentalismo — corpo leve, mente flutuando. Letras contemplativas, falando de liberdade após uma história, sensação de leveza no pós-fase ruim.
7. Raro
O título já resume: Orochi investe no self-love, na exclusividade e na singularidade dele. Um trap confiante, celebrando que relações verdadeiras são raras — e o mais valioso no meio de tanto “cheio de filtro”.
8. Não Me Ame Fácil
Direto e intenso: a faixa pede respeito, evita superficialidade e exige compromisso real. Beat ameaçador e acompanhamento triste reforçam o recado: “se for pra amar, que seja de verdade”.
9. Não Me Abandona
Uma continuação da vulnerabilidade — agora com paixão aflita. Orochi pede pra não ser deixado para trás, misturando emoção bruta com tema de abandono e dependência afetiva. Um mix de feeling e trap sampleado.
10. Lua Cheia
Letra que evoca clima noturno, lua cheia, romance e tensão. Sensual na letra, mas com a própria melancolia da lua: luz e sombra. Momentos de calmaria ajudados por um beat atmosférico.
11. Pensamentos Intrusivos
Aqui o rapper mostra a mente batendo forte. Letras cruas sobre paranoia, memória teimosa, pensamentos que surgem sem aviso… Orochi traz densidade psicológica, coisa rara na cena trap.
12. Eu Odeio o Dia dos Namorados
Faixa-título e coração do álbum: desabafo direto contra a data que simboliza amor. Beat introspectivo e melodia cortante reforçam o conceito de “ódio” romântico. Orochi canta com raiva e sentimento.
13. Alguém Que Te Ame de Verdade
Encerramento com mensagem mais leve, quase aconchegante. Uma proposta de reconciliação — sugere cura. Orochi termina pedindo genuinidade, oferecendo amor de verdade, mesmo após as decepções do disco.
Orochi e Filipe Ret – Van Cleef
Qual faixa bateu mais no coração da quebrada? Marca a pessoa que te ajuda a lembrar que, mesmo em fase ruim, você encontra quem te ame de verdade.
Com destaque no Spotify e no TikTok, MCs de Belém, Salvador, Recife e Fortaleza estão ganhando espaço na cena nacional sem abrir mão da identidade local.
Por Rap Growing | 25 de junho de 2025
Furando a bolha com sotaque e resistência
O rap do Norte e Nordeste vem quebrando barreiras. Artistas como Vulgo FK (Salvador), Layra (Belém), Big Bllakk (Recife) e DJ Thai (Fortaleza) mostram que é possível rimar alto com sotaque, tambor e temáticas sociais locais.
A internet tem sido aliada: TikTok, Reels e canais independentes permitem que sons como “Favela Nordestina” e “Som de Quebrada de Lá” viralizem entre o público jovem.
Mais do que hype: representação cultural
O que diferencia essa nova leva é a autenticidade. Os beats misturam forró, brega-funk, tambor de mina e trap. As letras tratam de temas como racismo, desigualdade, periferia, religião de matriz africana e resistência cultural.
“Não é sobre copiar o eixo Rio-SP. É sobre fazer o nosso som e mostrar que o rap também mora aqui”, disse Big Bllakk em entrevista recente.
Festivais e visibilidade crescente
O Festival Afropunk Salvador, o Rec’n’Play em Recife e o Tambor de Fogo em Belém são três dos principais palcos que têm impulsionado os artistas regionais.
Em 2025, alguns desses nomes já estão sendo cotados para festivais nacionais como Lollapalooza, Coala Festival e Favela Sounds.
O futuro está no mapa inteiro
O crescimento do rap no Norte e Nordeste mostra que a cultura hip hop não é mais restrita a centros hegemônicos. O mapa do rap brasileiro está mais diverso, mais colorido e mais potente.
O que era visto como “som alternativo” agora é headline de festival e trilha de novela. O próximo hit pode sair de um estúdio caseiro em São Luís, Aracaju ou Macapá.
Fontes: Portal KondZilla, Genius Brasil, entrevistas em podcasts, redes sociais de artistas e coletivos regionais. Compilação: Rap Growing.
Cantor foi denunciado publicamente por sua ex-mulher, que relatou casos de violência física e psicológica. Repercussão abala a cena do funk.
Por Rap Growing | Atualizado em 24 de junho de 2025
Denúncia veio a público pelas redes sociais
A ex-companheira de MC Estudante publicou, através de suas redes sociais, relatos detalhados de agressões que teria sofrido durante o relacionamento. Segundo ela, as violências incluíam tapas, empurrões, ameaças e manipulação psicológica.
Os depoimentos vieram acompanhados de prints de conversas, fotos com hematomas e vídeos antigos como suposta prova. O caso rapidamente ganhou visibilidade nas páginas de notícias e perfis do mundo do funk e do rap.
Silêncio do acusado
Até o fechamento desta matéria, MC Estudante ainda não havia se manifestado publicamente sobre as denúncias. O perfil do artista segue ativo, mas sem publicações recentes relacionadas ao caso.
Seguidores seguem cobrando posicionamento por parte do cantor. Páginas de funk também estão monitorando a evolução do caso e pressionando por respostas.
Repercussão na cena
Diversos artistas da cena do funk e do rap se manifestaram em apoio à vítima. Hashtags como #JustiçaPorEla e #ForaEstudante ficaram entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter) durante a noite do dia 23 de junho.
Páginas de notícias e produtores também destacaram a importância de debater a violência doméstica dentro da cultura, ressaltando que fama e visibilidade não devem servir de escudo para agressores.
Investigacão e medidas legais
Até o momento, não há confirmação oficial de boletim de ocorrência registrado. A expectativa é que o caso seja encaminhado à Delegacia da Mulher. Grupos de apoio às vítimas de violência doméstica se colocaram à disposição da denunciante.
A equipe da Rap Growing segue acompanhando o caso para atualizações.
Fonte: Relatos públicos nas redes sociais, prints e pronunciamentos indiretos. Compilação e edição: Rap Growing.
Elas rimam, produzem, performam e enfrentam o preconceito de frente. Conheça quem está fortalecendo a cena com talento e consciência.
Por Under Sesh em parceria com Rap Growing
RAP DI MINA
Por muito tempo, o rap foi território majoritariamente masculino — tanto nos palcos quanto nos bastidores. Mas essa realidade está mudando. Cada vez mais mulheres vêm ocupando seus espaços na cena do hip hop, não só rimando com peso, mas também produzindo beats, dirigindo clipes, organizando eventos e liderando movimentos.
A presença feminina no rap nunca foi ausência de talento — foi silenciada por estruturas machistas. Hoje, no entanto, nomes como Tasha & Tracie, Ebony, Lourena, Bivolt, Drik Barbosa, Azzy, Alt Niss, MC Soffia, Negra Li e MC Luanna, AJulia Costa mostram que o microfone é delas também. E mais: muitas delas levam em suas letras reflexões sobre racismo, feminismo, periferia, liberdade sexual, espiritualidade e autoestima.
Estilo, identidade e representatividade
O visual dessas artistas também é uma extensão de suas mensagens. Tasha & Tracie, com seu projeto Expensive Shit, misturam moda, música e discurso antirracista, resgatando a estética preta periférica com orgulho. Drik Barbosa, por sua vez, é conhecida por performances intensas e letras que celebram a força da mulher preta.
Das batalhas às plataformas digitais
Muitas dessas artistas começaram em batalhas de rima nas quebradas, enfrentando o machismo cara a cara. Outras cresceram nas redes sociais, viralizando com clipes independentes e projetos autorais. Seja no underground ou no mainstream, o recado é o mesmo: as minas têm voz, e não vão mais aceitar ser colocadas como coadjuvantes.
Precisamos falar: resistência, cura e revolução
O rap feminino também propõe uma nova visão para o futuro do hip hop: uma cena mais acolhedora, onde a cura e o afeto não são sinais de fraqueza, mas de potência. Muitas dessas artistas trazem mensagens espirituais, de reconexão com as raízes ancestrais, com o corpo e com o feminino.
Conclusão
O rap feito por mulheres não é nicho — é revolução. E quem ainda não está ouvindo, está atrasado. Elas estão nas ruas, nas playlists, nos palcos e nas premiações. Estão reescrevendo a história do hip hop com garra, estilo e verdade.