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Djonga denuncia perseguição ao hip hop e ao funk em discurso no Rap In Cena, em Porto Alegre

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Por Rap Growing • 19 de outubro de 2025 • Foto: Thales Silva

O rapper mineiro Djonga protagonizou um dos pontos altos do Rap In Cena 2025, realizado no domingo, 18 de outubro, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre. Diante de um público superior a 20 mil pessoas, o artista fez um discurso contundente sobre o momento do hip hop e do funk no país, reforçando a resistência da cultura e o papel da nova geração.

Um discurso de resistência

No palco principal do festival, Djonga interrompeu o show para falar diretamente ao público sobre o cenário atual da música de periferia no Brasil.

“A cultura hip hop e a cultura do funk estão vivendo a maior perseguição dos últimos tempos. É prisão, é invasão de casa dos nossos artistas, é chamando pra depor em CPI. Mas nós vamos resistir, porque esse é o nosso ganha-pão.”— Djonga, durante show no Rap In Cena 2025

As palavras do rapper foram seguidas por aplausos e gritos de apoio do público, que reconheceu na fala um sentimento coletivo de revolta e união. Djonga, que é conhecido por se posicionar politicamente e defender causas sociais, reforçou o papel do hip hop como ferramenta de transformação e voz das periferias.

Representatividade e presença preta nos espaços

Em outro momento do discurso, Djonga destacou que o incômodo social não está nas letras, mas na presença crescente de pessoas pretas e periféricas em ambientes antes restritos.

“O que incomoda não é o que a gente fala nas músicas. É a gente ocupando os espaços que até outro dia eram só deles.”— Djonga

A fala foi recebida como um chamado à consciência de classe e à valorização das raízes culturais. Diversos artistas que se apresentaram no mesmo dia compartilharam trechos do momento em suas redes, reforçando a mensagem de resistência coletiva.

Djonga e o Rap In Cena: uma relação de longa data

Djonga tem uma trajetória de relação próxima com o Rap In Cena, festival que se consolidou como o maior do gênero no Brasil. Desde suas primeiras participações, o artista mineiro usa o palco para conectar música, território e debate público. A edição de 2025 não foi diferente: entre hits, provocações e reflexões, ele reafirmou a importância de seguir lutando por representatividade.

Encerramento com emoção

Após o discurso, o show foi encerrado com “O Mundo é Nosso”, faixa que virou coro coletivo e sintetizou a energia de união e pertencimento que marcou a noite. O momento, amplamente registrado por fãs e páginas de rap, destacou o quanto o discurso de Djonga ecoa como manifesto de resistência.

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