Atualizado em 23 de julho de 2025 – Rio de Janeiro
O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, voltou a ser preso após uma operação policial realizada em sua casa no Joá, Zona Oeste do Rio. O artista foi indiciado por sete crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico, desacato, resistência, lesão corporal, ameaça e dano ao patrimônio público.
1. Operação policial e fuga
Na madrugada de segunda-feira (21), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão no imóvel de Oruam. Segundo os agentes, ele ajudou o adolescente conhecido como “Menor Piu” a fugir. O jovem seria ligado ao Comando Vermelho. Durante a ação, o rapper atirou pedras e feriu policiais — imagens mostram a agressão sendo registrada e compartilhada pelo próprio artista.
2. Entrega e indiciamento
Horas depois, Oruam publicou vídeo afirmando que se entregaria. Na delegacia, declarou que reagiu com medo, pois os agentes estariam sem identificação e entraram com armas apontadas. Mesmo assim, foi indiciado formalmente e encaminhado à audiência de custódia.
Oruam se apresenta após ordem de prisão e grava vídeo se justificando. Foto: Reprodução
3. Prisão preventiva mantida
A Justiça manteve a prisão. A juíza Ane Cristine Scheele Santos justificou a decisão alegando “desprezo pelas determinações judiciais” e risco de obstrução da investigação. Oruam está em cela isolada em Bangu, afastado de outros detentos por motivos de segurança.
Histórico de problemas com a lei
Em fevereiro, Oruam já havia sido detido após realizar manobra perigosa na Barra da Tijuca. Poucos dias depois, foi encontrado abrigando o mesmo adolescente foragido, o que chamou a atenção da Justiça.
Relação com o crime e polêmicas públicas
Filho de Marcinho VP, Oruam costuma fazer referência ao pai em seus shows. Isso gerou debates públicos e até projetos de lei, como a proposta de “lei anti-Oruam”, que busca proibir incentivos públicos a artistas que promovem símbolos do crime organizado.
Reação da defesa
Os advogados do artista alegam que a ação foi ilegal, que não havia mandado de prisão no momento da invasão e que os policiais estavam à paisana. Eles denunciam “viés racial” e afirmam que Oruam será absolvido.
E agora?
A prisão preventiva segue válida.
Oruam permanecerá isolado em Bangu 3.
A defesa planeja recorrer nos próximos dias.
🔍 A Rap Growing continuará acompanhando os desdobramentos do caso. Esta matéria será atualizada conforme novas informações surgirem.