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Spotify considera lançar festival próprio no Brasil e mirar Rock in Rio e Lollapalooza

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Por Rap Growing • 14 de outubro de 2025

O Spotify está estudando a possibilidade de entrar no mercado de festivais de música no Brasil — um passo ousado que poderia colocá-lo frente a frente com gigantes como Rock in Rio e Lollapalooza. A ideia ainda está em fase de avaliação, mas já mostra ambição de disputar no palco da cultura brasileira.

O anúncio e os indícios

Em entrevista exclusiva à Exame a diretora de relações-públicas global do Spotify, Dustee Jenkins, disse que a empresa “está avaliando com a equipe de marketing” a possibilidade de vir a fazer um festival no Brasil. “Seria divertido uma proposta como essa”, afirmou. Fonte: Exame

Elas citam que o setor de festivais no país movimentou mais de R$ 5 bilhões em 2024, e que marcas como Rock in Rio, Lollapalooza e The Town são potenciais concorrentes desse novo modelo de festival. Fonte: Exame

Dustee Jenkins afirmou que o Brasil é um mercado de grande interesse para a empresa, “um dos maiores e mais importantes mercados para o Spotify hoje, dentro do nosso Top 10”. Fonte: Exame

Experiências anteriores do Spotify com eventos

Embora não seja natural do Spotify promover festivais de grande escala, a plataforma já organizou eventos menores. Por exemplo, o festival “This Is Marília Mendonça” em 2024 no Allianz Parque, em São Paulo, reuniu cerca de 25 mil pessoas. Fonte: Exame

Outro exemplo é o “Spotify Podcast Festival” em São Paulo, voltado para criadores e fãs de podcasts, que celebra o storytelling e aproxima o público que consome áudio além da música. Fonte: Spotify Newsroom

Por que agora? O mercado a favor

O setor de festivais no Brasil é a promessa de grandes retornos. Em 2024, festivais consolidados movimentaram cifras bilionárias, e dez novos projetos tiveram sua primeira edição no país. Fonte: Exame

Além disso, o Spotify teve um ano financeiro marcante: foi seu primeiro ano com lucro anual de € 1,14 bilhão, o que abre margem para investir em novas frentes. Fonte: Exame

No Brasil, o consumo musical segue em expansão: os artistas brasileiros geraram mais de R$ 1,6 bilhão em royalties em 2024, crescimento de 31 % em relação a 2023, segundo dados do próprio Spotify. Fonte: Exame

Desafios e riscos nessa empreitada

  • Competir com marcas que já têm legado (Rock in Rio, Lollapalooza) exige escala, credibilidade e confiança do público.
  • Custos logísticos, infraestrutura, patrocínios e curadoria são itens de alto risco para quem entra agora.
  • Conectar o público de streaming — que muitas vezes consome música de forma digital — ao evento ao vivo e garantir venda de ingressos.
  • A compatibilidade entre identidade de marca do Spotify (plataforma global) e cultura local (níveis regionais diversos) precisa ser bem orquestrada.

O que isso representa para o Brasil e para a cena musical

Se concretizado, esse festival do Spotify pode simbolizar mais que um evento: pode ser um manifesto de protagonismo digital transformado em física. É também oportunidade para dar palco a artistas emergentes, regionais e menos conhecidos, usando o alcance da plataforma.

Além disso, esse movimento poderia redefinir como festivais são construídos: mais integração com dados, playlists, interatividade, curadoria baseada em consumo real. Um Spotify Festival poderia se tornar laboratório de musicalidade com propósito.

Para o cenário de rap, trap e cultura de rua, é chance de ver nomes periféricos dividindo palcos com estrelas internacionais com mais frequência — algo que festivais tradicionais nem sempre abrem espaço para fazer de fato.

O que precisamos ficar de olho

Quando for anunciado, os principais pontos serão: nome do festival, cidades-sede, line-up, preço de ingressos e modelo de venda (exclusivo via app Spotify ou parcerias), experiência de palco, integração digital e mapeamento de público.

Também vale observar como será a curadoria: se Spotify vai trazer artistas já dados nos algoritmos ou se vai favorecer quem está fora dos holofotes. Ainda, como vai monetizar além dos ingressos — patrocínios, ativações, merchandise, experiências VIP.

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