Por Rap Growing • EUA • 14 de outubro de 2025
O custo de estudar nos Estados Unidos continua escalando, e a grana curta tem empurrado parte das universitárias para trabalhos paralelos fora do padrão. Em 2025, a combinação de mensalidades altas, aluguel nas alturas e a facilidade de monetizar conteúdo online fez crescer o movimento de estudantes que usam o OnlyFans para bancar matrícula, livros, moradia e alimentação. Não é um fenômeno massivo em números absolutos — e os dados nacionais ainda são fragmentados —, mas os sinais são claros: onde falta dinheiro, sobra economia de criadores.
Pressão financeira real nos campi
Conforme informações apuradas pelo The Hope Center (Temple University), 59% dos estudantes relataram ao menos uma forma de insegurança de necessidades básicas em 2023–2024 (alimentação e/ou moradia), sendo 41% com insegurança alimentar, 48% com insegurança de moradia e 14% em situação de homelessness. Esses percentuais ajudam a explicar por que parte dos alunos busca fontes alternativas de renda para permanecer na faculdade.
Conforme informações apuradas pela Trellis Strategies (Student Financial Wellness Survey, 2024), mais da metade dos estudantes vivenciou dificuldade para cobrir necessidades básicas; além disso, trabalhar durante o curso interfere no desempenho acadêmico: 25% faltaram aula por conflito com o emprego e 56% disseram que o trabalho atrapalhou atividades do campus.
O que a pesquisa científica diz sobre estudantes e “sex work”
Conforme informações apuradas em estudo revisado por pares (2024) com universitários de uma grande instituição pública do Meio-Oeste dos EUA, a necessidade financeira apareceu como motivação recorrente para fornecer materiais sexuais ou atos em troca de dinheiro, reforçando o elo entre orçamento curto e oferta de conteúdo adulto. :contentReference[oaicite:2]{index=2}
Importante: prevalências nacionais específicas para OnlyFans entre estudantes americanas/os ainda são escassas. Pesquisas britânicas reportam ~3% de estudantes fazendo algum tipo de trabalho sexual para se manter — cenário diferente do americano, mas que ilustra a pressão econômica como gatilho.
OnlyFans em 2024–2025: escala e dinheiro
Conforme informações apuradas pelo The Guardian, a plataforma manteve forte lucratividade em 2024: US$ 1,4 bi em receita, US$ 683,6 mi de lucro antes de impostos e gasto dos assinantes na casa de US$ 7,2 bi no ano; contas de criadores cresceram para ~4,6 milhões e as de fãs para ~377,5 milhões.
Conforme informações apuradas por relatórios de mercado e balanços agregados, a plataforma vem de anos consecutivos de alta de receita e volume transacionado, consolidando-se como um dos motores da “economia dos criadores” ao lado de redes tradicionais.
Por que universitárias migram para o OnlyFans:
- Grana imediata e flexível: horários controlados pela criadora e pagamento direto ao atingir assinantes.
- Baixa barreira de entrada: necessidade de capital inicial é pequena em comparação a empregos formais com horários inflexíveis.
- Anonimato relativo: possibilidade de operar com username e segmentar audiência (embora nunca seja anonimato garantido).
- Algo a mais que “bico”: para parte das criadoras, a renda supera salários de empregos de campus com hora reduzida — especialmente em cidades com aluguel alto.
Riscos e desafios (que raramente aparecem no feed)
- Exposição e vazamento de conteúdo pago em redes abertas.
- Assédio e doxing, com impacto em saúde mental e segurança.
- Estigma no ambiente acadêmico e profissional.
- Renda instável: a maior parte dos criadores não está entre o “top 1%” que concentra ganhos — a mediana mensal tende a ser baixa em mercados saturados.
Conforme informações apuradas por veículos e análises setoriais, a competição é elevada e o algoritmo favorece poucos nomes — enquanto a maioria disputa assinantes com ganhos modestos. :contentReference[oaicite:6]{index=6}
O que ainda falta medir melhor
Mesmo com a escalada do OnlyFans e a crise de custo de vida, os números oficiais sobre quantas/quantos estudantes nos EUA usam a plataforma seguem pouco mapeados nacionalmente. Institutos como o Hope Center e a Trellis retratam a necessidade econômica; estudos acadêmicos mostram o vínculo com sex work em recortes locais; a dimensão exata da participação estudantil específica no OnlyFans ainda carece de pesquisas representativas nacionais.
Serviço e segurança: orientações essenciais
Para quem considera entrar na plataforma, especialistas recomendam planejamento (financeiro e jurídico), segurança digital (opções de anonimato, proteção de dados, monitoramento de vazamentos) e rede de apoio (saúde mental, assessoria legal e suporte do campus quando disponível).
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