Hoje, 21 de junho, o Brasil se junta ao Go Skateboarding Day para celebrar o Dia do Skate. A data nasceu em 2004, nos EUA, mas rapidamente ganhou as ruas brasileiras. É o dia de lotar pistas, ocupar praças e lembrar que o skate sempre foi mais do que esporte: é cultura, protesto e oportunidade. Assista ao rolê especial de Dia do Skate gravado nas periferias de SP e RJ
Raízes do Skate no Brasil
No fim dos anos 1960, surfistas do Rio adaptaram eixos de patins a pranchas de madeira para “surfar” o asfalto. O “surfe de calçada” virou febre nos 70 e impulsionou a construção das primeiras pistas, como a lendária Wave Park (RJ).
Linha do Tempo do Skate BR
1986 • Primeiro Campeonato Brasileiro
Pista do Sumaré (SP) recebe skatistas de todo o país.
1990-2000 • Explosão do Street
Picos clássicos como Vale do Anhangabaú, Praça Roosevelt (SP) e Praça do Gaúcho (Curitiba) viram berço de lendas como Rodil “Ferrugem”.
2001 • Bob Burnquist X-Games King
Bob atinge recorde de medalhas e leva o skate brasileiro ao topo mundial.
2015 • Luan Oliveira vence Street League
Confirmação do nível técnico brasileiro no circuito mais disputado do planeta.
2021 • Estreia Olímpica
Rayssa Leal (13 anos), Kelvin Hoefler e Pedro Barros conquistam três pratas, marcando a história.
HOJE • 2025
Com projetos sociais e novas pistas, o skate segue ponte de transformação em periferias de todo o país.
Lendas do Street Brasileiro
Rodil “Ferrugem” Jr. — primeiro BR campeão WCS Street (Drop Dead Crew)
Luan Oliveira — pop surreal, multi Tampa Pro & Street League
Kelvin Hoefler — prata olímpica, campeão SLS
Tiago Lemos — potência switch, Primitive & DC global
Carlos Ribeiro — tech precision, corrimãos gigantes
Galeria: do switch flip do Luan ao corrimão insano de Tiago Lemos
Skate, Rap e Rua
Nos anos 90, trilhas de Charlie Brown Jr., Planet Hemp e RZO embalaram vídeos VHS de sessões noturnas. Hoje, collabs entre marcas de skate e MCs mantêm vivo o elo entre batida e manobra. Play: faixa obrigatória na sessão de skate 🇧🇷
Projetos Sociais & Impacto
Em comunidades onde falta lazer, o skate vira aula de cidadania:
Social Skate (SP) — Sandro Testinha: shape como porta de entrada para educação.
Skate no Pé, Livro na Mão (RJ) — manobra + leitura.
Periferia Skate — mídia independente que dá voz à quebrada.
Assista: como o skate muda vidas na periferia
Como Celebrar o Dia do Skate
⚡ Chame a crew e ocupe a praça local. ⚡ Apoie projetos sociais & marcas nacionais. ⚡ Compartilhe seu melhor rolê usando #DiaDoSkate e #RapGrowing. Poste seu rolê de hoje e marca a gente! 🤟
Rap Growing deseja um ótimo Dia do Skate – rolem com segurança e atitude!
23 de novembro de 2019, Estádio Monumental, Lima. Primeira final de Libertadores em jogo único. De um lado, o River Plate copeiro de Marcelo Gallardo, campeão no ano anterior. Do outro, o Flamengo de Jorge Jesus, máquina no Brasileirão, tentando encerrar um jejum continental de 38 anos. O roteiro parecia decidido aos 14′ — e foi rasgado aos 43′ e 46′ do segundo tempo.
Contexto: a final que mudou de sede e de lógica
Originalmente marcada para Santiago, a decisão foi transferida para Lima por questões de segurança no Chile. A Conmebol estreava o formato de jogo único, elevando a tensão de cada detalhe. River chegou carregando a aura de time de mata-mata. O Flamengo, em estado de graça, buscava transformar encantamento em taça.
Os times e as ideias
Flamengo (Jorge Jesus): bloco alto, saída curta com laterais-cérebro (Rafinha/Filipe Luís), dupla Arão + Gerson para construir por dentro e tridente criativo Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique municiando Gabigol.
River Plate (Marcelo Gallardo): pressão coordenada no meio para cortar linhas de passe, Enzo Pérez como guarda-costas de tudo, amplitude pelos lados e agressividade no pós-perda. A ideia era desafinar o toque do Flamengo e acelerar a transição.
Cronologia de um drama
14′ 1ºT — 0x1 River: após recuperação no meio, bola rápida encontra Rafael Borré dentro da área. Finalização seca. Jogo fica na mão argentina: ritmo cortado, faltas táticas, relógio como aliado.
Intervalo: Flamengo volta com mais volume, empurra o River para perto da própria área. Diego entra na etapa final e dá tempo à posse rubro-negra (giros, inversões, paciência).
43′ 2ºT — 1×1: troca rápida pela direita, infiltração de Arrascaeta e o toque de Gabigol na pequena área. Lima explode. O favorito volta à mesa.
46′ 2ºT — 2×1: lançamento longo, erro na saída argentina, Gabigol domina e fuzila. Virada em três minutos. Catarse. Nos acréscimos, o 9 é expulso, mas já está escrito.
Leitura tática (por que virou?)
Resiliência psicológica: o Flamengo não se desorganizou com o 0–1. Manteve a bola e aumentou o cerco por fora, atraindo o River para dentro.
Meio-campo em camadas: com Diego, o time passou a respirar entre linhas, encontrando Everton e Arrascaeta por dentro e liberando Bruno Henrique para atacar profundidade.
River cansou de defender bem: a excelência de Gallardo é pressionar e transitar; ao recuar cedo demais, perdeu a válvula de escape e cedeu o erro fatal no fim.
Consequências imediatas
Dobradinha histórica: no dia seguinte, com tropeço do adversário direto, o Flamengo confirmou também o Brasileirão. América + Brasil no mesmo fim de semana.
Gabigol em bronze: dois gols em final única eternizam o 9 no panteão rubro-negro.
Gallardo segue gigante: perde a taça, mantém a lenda de time competitivo em qualquer cenário.
Legado cultural
“Lima 2019” virou sinônimo de virada impossível. Os 180 segundos finais são repetidos como mantra em arquibancada, barbearia e grupo de família. Para o torcedor, é o capítulo que conecta 1981 a uma geração inteira que só ouvira falar de Zico e cia. Para a Libertadores, foi a prova de conceito do jogo único: espetáculo, tensão e narrativa global.
Final únicaVirada históricaJorge JesusMarcelo GallardoGabigol
Nos anos 80 e 90, enquanto o rap deixava de ser underground para ocupar rádio, TV e passarelas, um nome de impacto equivalente dominava o boxe e atravessava a cultura: Mike Tyson. Filho do Brooklyn, lapidado por Cus D’Amato, Tyson virou o campeão dos pesados mais jovem da história aos 20 anos — e se transformou em símbolo de ascensão, poder e vulnerabilidade.
Ascensão relâmpago
Entre 1985 e 1988, Tyson emendou 37 vitórias (33 por nocaute). A estética era minimalista e agressiva: cabeça baixa na entrada, sem música, calção preto, botas sem meia. O show era o soco.
Quando o ringue vira rua
Barbearias paravam nas noites de luta; Punch-Out!! virou febre; camisetas, correntes grossas e tatuagens ecoavam seu visual. Tyson também virou referência lírica: citado por Tupac, Nas, LL Cool J e, décadas depois, por artistas do trap e do drill.
Queda, reinvenção e espelho da periferia
O auge cedeu espaço a prisões, derrotas e excesso. Mas o mito permaneceu. Nos anos 2000, Tyson se reinventou como empresário, ator e catalisador de conversas sobre saúde mental e escolhas. Para as quebradas, sua história sintetiza ambição, risco e recomeço.
Legado
Mais do que cinturões, Tyson entregou um arquétipo: a força bruta que vira linguagem estética, moda e música. Um lembrete de que a grandeza é tão sobre vitórias quanto sobre como se volta das quedas.
Skatista anuncia leilão do shape original utilizado no lendário X Games de 1999. Expectativa é de que peça alcance até 700 mil dólares.
O ícone do skate mundial Tony Hawk anunciou que vai leiloar o skate original que usou para realizar, pela primeira vez na história em competição, a manobra 900 — dois giros e meio no ar — durante os X Games de 1999. O feito é um dos momentos mais emblemáticos da cultura skate, e até hoje é lembrado como um divisor de águas para o esporte.
Leilão histórico
O shape da marca Birdhouse, modelo “Falcon 2”, com trucks Fury e rodas originais, faz parte da coleção The 900 Collection, que será leiloada no dia 23 de setembro de 2025, em Los Angeles, pela Julien’s Auctions. A expectativa é que o deck alcance um valor entre US$ 500.000 e US$ 700.000.
Além do shape, o leilão também incluirá outros itens usados por Hawk no evento: capacete, tênis, joelheiras, rodas sobressalentes, camiseta e até a credencial oficial dos X Games.
“Foi o melhor dia da minha vida. O 900 foi uma obsessão por anos, e aquele momento me deu paz. Guardei tudo daquele dia como relíquia. Agora, chegou a hora de isso inspirar outros.” — Tony Hawk
Destino nobre: pistas de skate para comunidades
Parte da renda arrecadada será destinada à The Skatepark Project, antiga Tony Hawk Foundation, que desde 2002 constrói pistas de skate em regiões carentes dos Estados Unidos e já investiu mais de US$ 13 milhões em infraestrutura urbana e inclusão social.
“O skate mudou minha vida. E eu quero garantir que outras crianças também tenham essa chance”, afirmou Hawk.
O impacto do 900
A manobra de 900 graus executada por Hawk nos X Games de 1999 foi muito mais do que técnica — foi um marco cultural. Ao acertar o giro completo após 10 tentativas, Hawk não apenas fez história, como também ajudou a popularizar o skate no mainstream. Dias depois, ele já era capa de revistas, presença constante na TV e protagonista da franquia de games Tony Hawk’s Pro Skater, que se tornaria um fenômeno global.
Skate como arte, relíquia como símbolo
O leilão transforma o skate de 1999 em uma obra de arte colecionável. Especialistas consideram essa prancha uma das relíquias esportivas mais valiosas da cultura urbana mundial.
Em um momento em que o skate faz parte oficialmente dos Jogos Olímpicos e ganha ainda mais espaço nas periferias, essa ação de Hawk ajuda a conectar as origens do corre com o futuro da cena.
Resumo
O que será leiloado: Skate usado por Tony Hawk no primeiro 900 da história
Data: 23 de setembro de 2025
Local: Julien’s Auctions, Los Angeles
Valor estimado: US$ 500.000 a US$ 700.000
Parte da renda: The Skatepark Project
Se o skate é cultura, esse shape é patrimônio histórico.
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