Com aprovação finalizada, o número de cadeiras na Câmara dos Deputados subirá de 513 para 537. Decisão levanta discussão sobre custo, representação e prioridades do país.
Por Rap Growing | 25 de junho de 2025
O que foi aprovado
O Congresso Nacional aprovou, em votação final, a ampliação do número de deputados federais de 513 para 537. A proposta já passou por todas as comissões e foi sancionada pelo Presidente da República.
Segundo os autores da proposta, o objetivo é corrigir distorções de representação entre os estados com base no novo censo populacional do IBGE.
Reações e críticas
A aprovação gerou forte reação popular. Críticos apontam aumento de gasto público, já que cada deputado custa cerca de R$ 200 mil por mês. Mas esse valor se refere apenas ao parlamentar. Somando as despesas com gabinetes, assessores, auxílios e estrutura de apoio, o impacto anual do acréscimo de 24 cadeiras pode ultrapassar R$ 200 milhões por ano.
Hashtags como #MaisDeputadoPraQuê e #CongressoInchado voltaram aos trending topics. Entidades civis e lideranças de movimentos sociais também se manifestaram.
Impacto na representação
Estados como Pará, Santa Catarina, Amazonas, Maranhão e Goiás ganharão mais cadeiras. O Pará e Santa Catarina serão os mais beneficiados em termos proporcionais.
Especialistas em política apontam que a nova distribuição pode beneficiar bancadas locais, mas também aumentar a fragmentação partidária e dificultar a articulação no Congresso.
Próximos passos
As mudanças entrarão em vigor nas próximas eleições gerais. A Justiça Eleitoral terá de se adaptar, redefinindo coligações e proporcionalidade para o novo formato.
A troca de farpas entre o humorista e o deputado explodiu nas redes em meados de setembro. Entenda como começou, como escalou — de Felipe Neto a ataques pessoais — e quais as consequências desse embate público.
Como começou
O estopim foi uma postagem de Nikolas Ferreira pedindo que seguidores reunissem prints de supostas falas de Felipe Neto contra os Estados Unidos. Whindersson Nunes ironizou: “Imagina a missão do deputado que tu votou ser fazer o Felipe Neto não entrar nos EUA. Patético”. A partir daí, a discussão passou a dominar o X (Twitter) e perfis de notícias/fofoca no Instagram.
Da divergência política aos ataques pessoais
Na resposta, Nikolas deixou o tema Felipe Neto e partiu para um ataque pessoal, evocando o cantor Vitão — ex-namorado de Luísa Sonza, ex-esposa de Whindersson — com a frase “Você perdeu para isso, cara”. O humorista reagiu com provocações e resgates de imagens antigas do deputado, aumentando o tom do embate.
Nos dias seguintes, as trocas de mensagens incluíram xingamentos e acusações de ambos os lados. Portais registraram que Whindersson afirmou que o deputado zombou de sua saúde mental e até da perda do filho; Nikolas negou e chamou o humorista de “mentiroso” e “canalha”
A treta se irradiou para outros tópicos e personagens, com novas cutucadas e posts de efeito; veículos resumiram a cronologia e o teor das falas, indicando um debate que saiu do campo de ideias e entrou no terreno da vida pessoal.
Repercussão e leituras públicas
Sites e colunas de entretenimento/política destacaram a disputa como retrato da polarização nas redes, com torcida organizada nos comentários e grande alcance de posts no X e no Instagram. A imprensa mapeou os gatilhos (Felipe Neto/visa, Charlie Kirk) e a escalada para alfinetadas pessoais.
Por que isso importa
Além do choque de visões políticas, o caso expõe a personalização do debate público: influi-se menos em políticas e mais em vidas privadas — um ciclo que amplia engajamento, mas empobrece a conversa. Para criadores, a mensagem é clara: a arena política online tem regras de espetáculo e custos emocionais reais. Para parlamentares, evidencia-se o uso estratégico de redes como extensão do mandato e de campanhas.
Linha do tempo resumida
Sáb. 13/09 — Nikolas provoca tema Felipe Neto x EUA; Whindersson ironiza a pauta.
Oruam completa 30 dias preso e segue compondo músicas dentro da cadeia
No último dia 28 de agosto, Oruam completou 30 dias de prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro. Um dos nomes mais ouvidos do rap/trap nacional, o artista permanece em evidência mesmo afastado dos palcos, levantando debates sobre sua trajetória e sobre como a justiça trata jovens vindos da periferia.
Apesar da privação de liberdade, relatos de pessoas próximas apontam que Oruam segue escrevendo letras e compondo músicas de dentro da cela. Sua noiva compartilhou mensagens nas redes sociais revelando que o rapper não perdeu o foco criativo e se mantém firme em transformar as dificuldades do momento em inspiração artística.
A prisão do artista mobilizou fãs e gerou reação de colegas da cena, que enxergam no caso um reflexo das barreiras enfrentadas por artistas periféricos no Brasil. Enquanto isso, os números de Oruam seguem em alta: seus lançamentos continuam no topo das plataformas digitais, mostrando que sua voz e seu impacto cultural permanecem fortes mesmo à distância.
O episódio marca mais um capítulo da carreira de Oruam, que agora carrega não só a responsabilidade artística, mas também a vivência de estar atrás das grades em plena ascensão musical.
Quem foi citado, como opera o “algoritmo P”, a cronologia do caso e as mudanças que já começaram no Congresso e nos canais oficiais de denúncia.
13 de agosto de 2025 • Por Rap Growing
Em 6 de agosto de 2025, o youtuber Felca (Felipe Bressanim Pereira) publicou um vídeo de quase 50 minutos denunciando a adultização e exploração de crianças e adolescentes em conteúdos digitais. O impacto foi imediato: aumento brusco de denúncias em canais oficiais, pedido de CPI no Senado com ampla adesão e uma onda de projetos de lei na Câmara. A seguir, organizamos o que já se sabe, quem foi citado, o que muda na prática e onde denunciar.
O que é adultização (e por que é grave)
Adultização é a exposição de crianças e adolescentes a papéis, sexualidades e dinâmicas de pessoas adultas, antes de estarem emocional e legalmente preparados. No ambiente digital, isso aparece em “quadros” e “desafios” que sugerem sexualização, namoro, ciúme, flerte, ciências do corpo e outras situações inadequadas para a idade — muitas vezes disfarçadas de humor ou “reality”.
Risco triplo:
Psicológico: confusão de limites e impactos na autoestima/afetos.
Social: normalização de comportamentos adultos em rotinas infantis.
Criminal: violações do ECA e possível exploração sexual/financeira.
Como opera o “algoritmo P”
Felca descreve um efeito de recomendação em que plataformas passam a amplificar conteúdos ambíguos com menores, mesmo sem nudez explícita, porque geram alto tempo de tela e engajamento. O fenômeno, apelidado de “algoritmo P”, cria bolhas de recomendação que conectam adultos a vídeos com sinais de sexualização/“adultização” infantil.
“Não é um vídeo isolado. É um sistema que empurra mais do mesmo, cada vez pior.”
Quem foi citado (e as apurações)
Entre os casos apontados no vídeo, um dos principais nomes é o influenciador Hytalo Santos, cuja produção com menores em “reality caseiro” já estava sob investigação do Ministério Público da Paraíba. Após a repercussão, perfis foram derrubados/desativados e decisões judiciais determinaram restrições à presença dele nas redes, em caráter liminar.
Importante: toda citação a pessoas físicas deve ser lida como parte de apuração em curso. As investigações seguem sob órgãos oficiais; a Rap Growing acompanha os desdobramentos.
Repercussão institucional: CPI e projetos de lei
O efeito foi imediato no Congresso:
Senado: formalizado o pedido de CPI para investigar a exploração/adultização infantil nas redes, proposta por Jaime Bagattoli (PL-RO) e Damares Alves (Republicanos-DF), com 70 senadores signatários.
Câmara: apresentação de 32 projetos de lei para combater a adultização e a exposição indevida de menores — incluindo medidas sobre monetização, deveres de plataformas, autorização judicial e penalidades.
Denúncias oficiais explodem
Nos primeiros 11 dias de agosto, os canais oficiais registraram 261 denúncias de violência sexual on-line contra crianças e adolescentes — 243 delas após a publicação do vídeo de Felca. É o maior volume em seis anos para o período, segundo dados obtidos junto ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Cronologia do caso
Data
Fato
06/08/2025
Felca publica vídeo sobre adultização/exploração de menores.
09–12/08/2025
Vídeo viraliza; autoridades locais e federais intensificam apurações; decisões judiciais liminares contra influenciadores citados vêm a público.
12/08/2025
Senado formaliza pedido de CPI com 70 assinaturas.
11–12/08/2025
Câmara contabiliza 32 projetos de lei relacionados ao tema.
Até 13/08/2025
Denúncias oficiais batem recorde para o período (261 no mês; 243 após o vídeo).
Análise: o que muda agora
O caso Felca é um ponto de virada: ele mostrou que alcance digital pode pressionar instituições e gerar respostas rápidas. O risco é o apressamento legislativo criar normas vagas. O caminho responsável precisa combinar:
Leis claras (definições objetivas, proteção jurídica a menores e responsáveis legais).
Deveres de plataformas (detecção proativa, derrubada célere, revisão humana qualificada).
Educação digital (famílias e escolas com ferramentas para reconhecer/denunciar).
Rastreabilidade de monetização com menores (transparência + auditoria).
Como denunciar (guia rápido)
Disque 100 (Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos) — 24h, gratuito, anônimo.
Plataformas: use “denunciar” no próprio app (marque “menores/sexualização”).
Conselho Tutelar / Ministério Público: leve prints, URLs, data/hora e, se possível, link arquivado.
SaferNet Brasil: canal para denúncia de crimes e orientação de segurança digital.
Quem é Felca
Felipe Bressanim Pereira, 27, criador de conteúdo e humorista, ganhou alcance com vídeos críticos sobre tendências da internet. Em 2025, o vídeo sobre adultização impulsionou o debate público e abriu frentes institucionais de resposta.